segunda-feira, 12 de março de 2012

Greve dos vigilantes deixa população de Campos sem atendimento bancário


Thais Peixoto
Como era esperado, os bancos não abriram na manhã desta segunda-feira em Campos. Isso porque, com a greve dos vigilantes, o serviço bancário fica suspenso por questões de segurança.  Apenas os caixas eletrônicos estão funcionando. A decisão de greve dos vigilantes foi tomada pelo sindicato da categoria na segunda-feira passada. Dentre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 10% de ganho acima da inflação, um aumento no valor ticket de refeição, 30% no risco de vida e a inclusão do plano de saúde nos benefícios. Na sexta-feira, foram traçados os planos da paralisação.

Na última greve deflagrada pela categoria dos vigilantes, os bancos ficaram 40 dias sem abrir, foi um impasse marcado por abre ou não abre, onde muitas agências bancárias abriram as portas e em poucas horas tiveram que fechar. Com a paralisação, o trabalho nas 52 agências bancárias do Norte e Noroeste ficam comprometidos. De acordo com presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafanele Alves Pereira, os funcionários vão estar dentro das agências bancárias, mas sem vigilantes os bancos não vão abrir.

De acordo com o presidente do Sindicato Regional dos Vigilantes, Luiz Rocha, eles pedem que o ticket refeição passe de R$ 8,25 para R$ 16,50 e o reparo de 30% no risco de vida. Além disso, Luiz contou que a categoria sugeriu colocar em discussão a inclusão do serviço de plano de saúde, porém, a proposta de conversa não foi aceita. O presidente também contou que a classe patronal foi convocada para duas reuniões no Rio de Janeiro e não compareceu, o que deixou a categoria revoltada.

— Marcamos uma mesa redonda para conversar sobre esses problemas, na primeira ninguém apareceu. Na segunda, que estava marcada para o dia 29, recebemos um ofício com o comunicado de que eles não poderiam comparecer. Por isso, decidimos cruzar os braços para sermos ouvidos — disse.

No ano passado, uma greve de 40 dias dos vigilantes fez os trabalhos dos bancos pararem, porém cinco sindicatos da baixada não aderiram a grave. Desta vez, a ação será estadual e todos os sindicatos do estado do Rio de Janeiro decidiram por apoiar a paralisação.

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